sexta-feira, 12 de agosto de 2011

FORÇA FEMININA

No esporte, a história não é diferente, e as mulheres estão se estabelecendo. Jogar futebol, por exemplo, que antes era tido como inadequado para o belo sexo, o que vemos hoje é Martha ser escolhida como a melhor jogadora de futebol do Mundo.

E uma mulher comandando um clube como o Flamengo, Patrícia Amorim, considerada uma vencedora de desafios, é a presidente do rubro-negro.

E o que dizer de uma mulher arbitrando uma partida de futebol, jogada por 22 marmanjos. Aqui mesmo entre nós, temos o exemplo de Eveline Almeida, integrante do quadro da Fifa e que já vivenciou esse tipo de experiência.

Muito parecido com o futebol, é a situação do futsal em que atletas também começam a se destacar nas quadras. É o futsal feminino avançando e ganhando espaços. Conduzir um jogo de futsal na categoria masculino como árbitra central não é tarefa tão fácil como possa parecer.

Existe em quadra a barreira do preconceito neste tipo de situação, é o que afirma a árbitra da Fifa, a paraibana, radicada há oito anos no Ceará e integrante do quadro de árbitros da Federação Cearense de Futebol de Salão, Alane, Jussara da Silva Lucena.

"Ainda existe na profissão, pessoas que subestimam a presença de uma mulher em quadra comandando uma arbitragem. Muitos atletas tentam se sobressair querendo intimidar as árbitras de alguma forma, achando que elas vão ceder ao comportamento machista. E é aí que eles não contam com a força interior e determinação que a mulher dispõe para reverter qualquer tipo de situação´´, afirma Alane.

Para transpor esses obstáculos, ele recorre uma bela frase dita por sua mãe "a competência sempre se estabelece´´.

"Não há nada que impeça a uma mulher ser árbitra, o campo é vasto e dá para todos trabalharem. Sabe-se que as mulheres são mais detalhistas e têm suas particularidades, os homens também possuem peculiaridades. É só saber respeitar as atribuições e cumprir cada um com seu papel´´, completou confiante a árbitra.

NO FUTSAL
Ainda predomina o semiprofissionalismo
Se no futsal, clubes, atletas e técnicos, principalmente, os das regiões Sul e Sudeste do País, contam com o privilégio do profissionalismo, o mesmo não pode se dizer com o que é encontrado na Região Nordeste, em que o semiprofissionalismo predomina. Na visão da jornalista e árbitra da Fifa Alane Lucena não dá para sobreviver sendo profissional de futsal aqui no Nordeste. A arbitragem no salonismo não passa de uma atividade extra. "Não dá para se dedicar única e exclusivamente á arbitragem que mesmo sendo atividade remunerada, não representa o suficiente para se ter como principal profissão. Se faz necessário exercer trabalho paralelo para o sustento. ´´Temos que trabalhar pesado o dia inteiro, para somente à noite apitar e nos fins de semana (sábado e domingo)´´, acrescentou.

Zelo

A árbitra afirma que sempre preza pelo que faz e tenta desempenhar sua função no futebol de salão da melhor maneira possível, independentemente da condição que lhe for dada.

Tranquila
Deixando o aspecto financeiro e as cobranças que sua função requer, esta paraibana, mas cearense por adoção se define como tranquila, que adora futebol, futsal e que aflora sua veia esportiva na sua conduta de vida. No desempenho de sua função dentro das quadras, Alane se acha realizada. Já apitou mais de 10 finais de campeonatos brasileiros (Taça Brasil, decisão de Ligas Nacionais e Brasileiros de seleções), jogos internacionais do Grand Prix de Futsal) e na última quinta-feira apitou em São Paulo, o primeiro confronto decisivo válido pela Superliga Feminina de Futsal, entre Palmeiras e Chapecó/SC.



Seleção

Alane foi também convocada para trabalhar na arbitragem de dois jogos amistosos internacionais da Seleção Brasileira de futsal, que acontecerão no fim deste mês na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte e em João Pessoa, na Paraíba.

Cobranças

Mas Alane, garante que o profissionalismo só existe na cobrança de responsabilidades. ´´Somos cobradas como verdadeiras profissionais, temos que falar no mínimo dois outros idiomas (inglês e espanhol), exigem cursos de reciclagem, aprimorar a postura, conduta fora e dentro de quadra, disciplina e perfeição, etc´´. ´´Enquanto não houver a profissionalização total no futsal tipo, a existente no futebol não se pode exigir tempo integral dos que trabalham na arbitragem. Trabalha-se no futsal muito mais pelo prazer´´, argumentou Alane.

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